quarta-feira, 18 de abril de 2012

Ode à intolerância

O meu primeiro post, vamos dizer, será meio "garota enxaqueca", mas realmente uma pessoa traduziu em palavras exatamente o que penso diversas vezes por semana cá aqui comigo. Vocês me conhecem, sou super gente boa metida, mas se vocês pudessem escutar o que passa pela minha cabeça quando conheço pessoas do feitio abaixo nunca mais falariam comigo....... rsrsrsrs. Mas então, estava hoje em minhas andanças na internet quando li o texto abaixo no blog da Carolina Burgo, Beijos e Textos. Pense numa pessoa que se identificou completamente!!!!!!!!! Odeio preguiça mental.........

tpm, preconceitos ou a ode à intolerância?

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Qual é o seu preconceito?
Num rasgo de revelação eu decidi abrir meu coração e contar os meus. Porquê? Eu não sei. Mas talvez a minha TPM tenha umas palavrinhas a dizer sobre isso.
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Descobri que sou uma pessoa preconceituosa. Mentira, eu não descobri, eu já sabia. No fundo todos somos com alguma coisa, só que ninguém gosta de admitir. Mas eu não tenho problemas em admitir defeitos e faço com frequência, a fim de evitar decepções alheias. As pessoas criam expectativas umas sobre as outras e ficam profudamente magoadas quando a gente não corresponde. Mas, ei! A criação foi sua.
Meus preconceitos não são com "raças", cores ou gêneros, muito menos com opções sexuais ou gastronômicas. O que cada um faz com sua vida pessoal diz respeito a ele e somente a ele. Meu preconceito é com comportamentos e formas de pensar.
Não, eu não acho que devo respeitar/aceitar a opinião de cada um. Eu não respeito a opinião de um nazista, por exemplo. Mas esse é um exemplo radical que não vem ao caso. Eu tenho muitos outros preconceitos que, no final das contas, podem ser mera intolerância. Ainda não decidi qual das duas palavras define melhor.
Eu tenho preconceito com burrice. Gente burra, desarticulada, que não consegue criar um raciocínio lógico seja pro que for. Aquela burrice de quem tem preguiça de pensar. Aquela burrice de quem prefere fazer perguntas óbvias do que parar 2 minutos para refletir sobre o assunto. Aquela burrice de quem prefere pedir pra você fazer, do que aprender como fazer. Aquela burrice de quem repete o mesmo erro vezes sem conta e acha uma merda quando tudo dá errado. Aquela lentidão para processar uma informação. Eu não consigo conviver ou formar uma amizade, mesmo que a pessoa tenha bom coração. O meu coração/estômago não é tão bom assim.
Eu tenho preconceito com a pobreza. Não aquela em que falta dinheiro ou comida na mesa. Aquela que falta espírito. Preconceito com gente rasa, que pode ter toda a informação do mundo, mas cujo caráter impede que ela seja relevante. Aquela pobreza de espírito a que estão condenados todos os bossais, os donos da verdade, as "assumidades" num assunto, ou simplesmente as cabeças de ervilha.
Eu tenho preconceito com quem decora nomes. Nomes de pessoas "importantes", que fizeram não sei o quê não sei quando e foi genial. Eu não tenho memória e nomes e patamares não me interessam. Me interessa apenas o que foi feito. Dá licença, eu sou cheia de preconceitos.
Eu tenho preconceito com a pobreza de educação que não tem nada a ver com o nível do ensino das escolas. Preconceito com quem escuta aquela música alta no celular, com quem faz festa em apartamento e incomoda os vizinhos, com quem empurra sua cara no bolo depois que canta parabéns, preconceito com quem fala alto e com quem não sabe falar (nem escrever).
Eu tenho preconceito com a pobreza de intelecto. E isso não quer dizer que todo mundo tem que ler Dostoiévski, mas que tem que ler bons livros. Eu tenho preconceito com quem não lê. Com quem não tem um título sequer para me indicar. Ou um filme fantástico na manga. Ou que escuta música de péssima qualidade (e péssima qualidade pressupõe uma uninamidade de que aquilo é muito ruim). Ou não tem um assunto para uma mesa de bar.
Eu tenho preconceito com aquele hippie super astral e cabeça fresca sem preconceitos, que quer viver de pulseira de missanga, é contra o consumo e o capitalismo, que toca maracatu e é do mangue, mas que fuma maconha à custa da mesada dos pais CAPITALISTAS. Mas esse preconceito quem ensinou foi mamãe. Eu tenho preconceito com gente preguiçosa, que dorme no ponto e se deixa levar nas costas. Morro de preconceito com gente incompetente.
Eu tenho preconceito com quem não toma banho, não escova os dentes e faz a linha sujinho-descolado e, por isso, não consigo dar créditos nem apreciar qualquer tipo de talento: Janis Joplin e Bob Marley, vocês não conquistaram meu coração. Sou pobre, mas sou limpinha, faz mais a minha linha. (e essa rima?)
Eu tenho preconceito com quem jura que é "malvado", que é polêmico, que incendeia as discussões, que causa furor e argumenta, que não está nem aí pra nada nem pra ninguém, que fala-mermo. Que preguiça que eu tenho de discussão.
Tenho preconceito com crenças e idolatrias religiosas, mas religião é assunto pessoal (de foro íntimo, profundo e exclusivo) que não se discute. Mas por que raios você coloca isso no meu mural do facebook?
Eu tenho preconceito com quem vai me esculhambar depois deste texto. Amigo, você não sabe da missa, um terço.
Mas tudo bem. Qual a sua lista de preconceitos?
Um beijo da tpm.

3 comentários:

  1. Só para deixar claro. Retiro da lista dos preconceitos a parte do Bob e da Janis. São demais!!!!!!!!

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  2. Legal que criou um blog! Eu amo passear por blogs, de todos os tipos. Vou incluir o seu na minha listinha!

    Gostei muito do texto da Carolina tbm, não tenho alguns desses preconceitos dela, mas com certeza tenho outros que ela não tem!
    De qualquer forma, também me identifiquei um pouco com o texto.

    Beijos!

    Até mais!

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  3. Paty,
    Que bom que vc curtiu o blog!!!! Eu tb adoro passear por eles todos os dias e morria de vontade de escrever/replicar o que gosto.
    Quantos aos preconceitos, ela foi bem radical, mas falou sem constrangimentos, dedos que sempre temos. Direto e reto!!! Gostei!!

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